O setor de jogos de azar teve um crescimento significativo nos últimos anos, tornando-se um setor econômico relevante em muitos países. Entretanto, esse crescimento também trouxe consigo desafios em termos de regulamentação e controle. Para enfrentar esses desafios, é essencial estabelecer uma estrutura estatal profissional e especializada para garantir uma regulamentação eficaz.

A importância de uma estrutura estatal profissional

Regulamentar os jogos de azar não é uma tarefa simples; requer um conhecimento profundo do setor, bem como das leis e regulamentações que o regem. Uma estrutura estatal profissional pode fornecer o conhecimento necessário para enfrentar esses desafios. Com a presença de profissionais treinados, a transparência e a confiança do público no setor podem ser aumentadas, garantindo que as operações sejam totalmente transparentes.

É fundamental que o órgão regulador opere com independência técnica, o que lhe permitirá buscar políticas estatais eficazes nessa área. Essa independência é fundamental para garantir que as decisões sejam tomadas com base em critérios técnicos e não em questões externas.

Treinamento permanente e atenção regional

Também é essencial implementar um programa de treinamento contínuo para os profissionais envolvidos na regulamentação dos jogos de azar. O treinamento contínuo garantirá que a equipe esteja ciente das práticas recomendadas e das últimas tendências do setor.

Também é essencial estar informado sobre o que está acontecendo em matéria de regulamentação em outros países da região. O monitoramento das regulamentações e abordagens adotadas por outros estados pode fornecer lições valiosas e ajudar a adaptar as regulamentações locais a um contexto global em constante mudança.

Como pensamento final, a regulamentação eficaz do setor de jogos é essencial para sua sustentabilidade e crescimento. O estabelecimento de uma estrutura estatal adequada e adaptada à nova realidade, bem como o foco na capacitação permanente, no monitoramento regulatório regional e na independência técnica, permitirá enfrentar os desafios atuais e futuros desse setor. É hora de os governos e as autoridades competentes considerarem essas questões para melhorar a regulamentação do setor, protegendo assim os consumidores e promovendo um ambiente de jogo responsável.

Por outro lado, se tivermos um estado frágil e descomprometido, isso inevitavelmente conspirará contra o crescimento eficiente do setor.

A definição de uma política estatal sobre esse assunto contribuirá, sem dúvida, para o desenvolvimento do setor.

* Luis Gama, que atualmente trabalha como consultor independente, foi diretor nacional da Direção Geral de Loterias e Quinielas da República Oriental do Uruguai, presidente da Corporação Iberoamericana de Loterias e Apostas de Estado (Cibelae) e membro do Comitê Executivo da Associação Mundial de Loterias.